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📱 “Podridão cerebral”: o impacto da era digital em nossa mente

É possível que o uso excessivo de internet cause danos cerebrais semelhantes aos de drogas pesadas, apontam estudos.
O uso excessivo de telas
Freepik

A expressão “brain rot”, ou “cérebro podre”, tornou-se tão popular que foi eleita a palavra do ano de 2024 pelo Dicionário Oxford. Mais do que um meme, o termo reflete preocupações reais sobre os efeitos do consumo excessivo de conteúdo superficial na internet. Citada 230% mais vezes entre 2023 e 2024, a expressão descreve como a enxurrada de estímulos digitais pode levar a uma deterioração cognitiva, afetando memória, atenção e até o volume da massa cinzenta.

🚨 Do e-mail à rolagem infinita

O alerta começou nos anos 2000 com algo aparentemente inofensivo: o e-mail. Um estudo da Universidade de Londres revelou que o uso frequente dessa ferramenta causava uma queda de até 10 pontos no QI, um impacto pior do que o uso de maconha! Agora, imagine o que acontece com o fluxo constante de tweets, reels e notificações que dominam nossos dias.

Os aplicativos modernos exploram nosso instinto por novidade, usando algoritmos projetados para nos manter conectados o maior tempo possível. Segundo Michoel Moshel, pesquisador da Universidade Macquarie, essa busca incessante por novos estímulos é uma herança evolutiva que, no ambiente digital, pode se tornar prejudicial.

🧠 Mudanças cerebrais reais

Estudos de neuroimagem revelam que o uso excessivo de internet está associado à redução do volume de massa cinzenta em áreas relacionadas ao controle de impulsos e tomadas de decisão. Esses efeitos são comparáveis aos observados em dependências químicas, como álcool e drogas. Além disso, o uso desordenado de telas está ligado a um desempenho cognitivo inferior, principalmente em jovens que passam até 8 horas por dia online.

🔄 Um círculo vicioso preocupante

O excesso de tempo em frente às telas cria um ciclo difícil de quebrar: pessoas com saúde mental debilitada tendem a consumir mais conteúdo superficial, agravando seus sintomas. Quanto mais tempo no digital, mais difícil se torna perceber o problema e estabelecer limites.

🌿 Existe solução?

Os especialistas sugerem um plano de ação simples:

  • Estabeleça limites para o tempo de tela e priorize conteúdos educativos.
  • Dê atenção à qualidade do conteúdo, evitando materiais sensacionalistas ou excessivamente viciantes.
  • Promova atividades físicas e sociais para compensar os efeitos do sedentarismo digital.

Além disso, políticas públicas que incentivem transparência tecnológica e educação digital crítica são fundamentais para ajudar as novas gerações a lidarem com esse desafio. Afinal, embora o mundo digital seja fascinante, nosso cérebro foi projetado para explorar um mundo bem além da tela.

*Com informações da DW

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